"Dependência Química" é tema de palestra no RCVR

O Rotary Club de Volta Redonda realizou um palestra informativa sobre a Dependência Química. No dia 21 de julho Dr. Cláudio Dalbone Soares ministrou o tema com muito conhecimento e procurou esclarecer as dúvidas dos presentes. O médico fez um resumo da doença, dos principais sintomas e dos tratamentos que envolve desde o dependente até seus familiares.
Ao final da palestra o presidente do clube, Claudinor Sores, que também é pai do Dr. Cláudio Dalbone, agradeceu o empenho e o homenageou com um certificado de agradecimento.
Ainda na ocasião o companheiro Rogério Loureiro, presidente do Vola Redonda Futebol Club e o companheiro Adriano de Souza, Diretor de Marketing, do Volta Redonda Futebol Club, falaram do plano de marketing 2011 para alavancar o Voltaço na mídia e aproveitaram a oportunidade para sortear camisas do clube.

Abaixo um resumo da palestra e fotos do evento.

A DEPENDÊNCIA de qualquer substância psicoativa, ou seja, qualquer droga que altere o comportamento e que possa causar dependência (álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer a base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta" etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso e segurança.
"QUÍMICA" se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, embora a maioria das pessoas o separe das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.
UMA DOENÇA: A Organização Mundial de Saúde reconhece as dependências químicas como doenças. Uma doença é uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, como o diabete ou a pressão alta, a doença da dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso. Exatamente da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral.
UMA DOENÇA DE MÚLTIPLAS CAUSAS: As dependências químicas não têm uma causa única, mas sim, é o produto de vários fatores que atuam ao mesmo tempo, sendo que, às vezes, uns são mais predominantes naquele paciente específico que outras. No entanto, sempre há mais de uma causa. Por exemplo, existe uma predisposição física e emocional para a dependência, própria do indivíduo. Vivendo como um dependente, o paciente acaba tendo uma série de problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais, emocionais, religiosos etc., que é consequência e não causa de seu problema. Portanto, as causas são internas, não externas.
UMA DOENÇA COM MÚLTIPLAS REPERCUSSÕES: A dependência química gera inúmeros problemas sociais, familiares, físicos etc.
UMA DOENÇA PROGRESSIVA: Sem tratamento adequado, as dependências químicas tendem a piorar cada vez mais com o passar do tempo.
UMA DOENÇA CRÔNICA INCURÁVEL: O dependente químico, esteja ou não em recuperação, esteja ou não bebendo ou usando outras drogas, sempre foi e sempre será um dependente. Não existe cura para a dependência: nunca o paciente poderá beber ou usar outras drogas de maneira controlada. Como o diabete, não existe cura: sempre será diabético ou dependente.
UMA DOENÇA TRATÁVEL: Apesar de nunca mais poder usar álcool ou outras drogas de maneira "social" ou "recreativa", da mesma maneira que um diabético nunca vai poder comer açúcar em quantidade, o dependente, se aceitar e realmente se engajar no tratamento, pode viver muito bem sem a droga e sem as conseqüências da dependência ativa. É importante notar que qualquer avanço em termos de recuperação depende de um real e sincero desejo do paciente: ninguém "trata" o dependente se ele não quiser se tratar.
UMA DOENÇA FAMILIAR: O convívio com o dependente faz com que os familiares adoeçam emocionalmente, sendo necessário que o familiar também se trate, e, ao mesmo tempo, receba orientações a respeito de como lidar com o dependente, como lidar com seus sentimentos em relação ao dependente, o que fazer, o que não fazer, e sobre como proteger a si e aos demais membros da família de problemas emocionais causados pela doença do dependente. Muitas vezes, os familiares se assustam quando a gente fala que também eles necessitam de tratamento; ninguém quer ser chamado de doente. No entanto, todos os familiares de dependentes que encontramos durante nossa vida profissional nos relataram pelo menos alguma conseqüência ou problema relacionado à dependência de uma pessoa próxima. Quanto mais tempo o dependente e o familiar levarem para admitir a real necessidade de ajuda, maior tempo sofrerá.














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